Servida de muito chá, bolachas e guardanapos, ela rendia-se diante da família naquele último encontro. Era a despedida mais desejada em seus profundos pensamentos. Não aguentava mais tudo aquilo, toda aquela pressão moralista cheia de ironias e desconfiança por parte de alguns que moravam na mesma pensão.
Terminou de recolher os farelos de bolacha, tanto da mesa quanto do colo, e já estava contando os minutos para presenciar seu quarto pela última vez. Nenhum sorriso a convencia mais.
Trancou a porta e ficou presa por um instante quando chegou há três anos. Dentro de si era uma imensidão, e para o resto cabia seu mundinho particular. Entregou as chaves a Nadia e saiu silenciosamente pela recepção.
A corrida mais rápida que fez não permitiu espaço para saudade e lágrimas.
Precisou afastar-se do inferno que construíra com sua nova parceira. Era toda a felicidade indo embora feito água no ralo. Ela ainda vai se recompor, eu garanto.
(continua, algum dia)
16 de julho de 2009
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3 comentários:
Fly like a bird, writer.
:)
Imaginei todo o cenário, e...
Queeeeero mais! :D
beeijo :*
Saiu sem se despedir direito.. Parece até eu. Odeio me despedir, me sinto mal.
Quero o resto da história!
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Sente-se, relaxe.