- Como eu sou importante e essencial para a vida. Todos precisam de mim. As plantas para fazerem fotossíntese, as pessoas para enxergarem, para viverem a vida. Estas estão sempre pedindo um dia de Sol para alegrar a vida, um final de semana ensolarado para poderem aproveitar, e sempre reclamando que o dia é muito curto e não dá para fazer tudo o que precisam. Enfim, sou essencial para tudo. Nossa, como eu sou demais.
Do outro lado, a Lua tranquila no céu escuro, ao lado de suas fiéis estrelas, diz:
- Olá sr. Sol! Será que o sr. poderia ser mais humilde e ver que há mais coisas no mundo para apreciar do que somente o senhor?
O Sol, assustado e surpreso por ver que a Lua lhe respondeu, rapidamente retruca:
- Ora, ora se não é a senhorita Lua. Como vai?
- Vou bem e feliz! - disse a Lua.
- Bom, não mais do que eu - respondeu o Sol
- E por que o senhor acha isso?
- Acho não, tenho certeza. Todos me adoram, me admiram e sempre pedem cada vez mais dias de Sol, ficam satisfeitos quando eu estou radiante no céu. É tudo o que eles mais gostam e tentam aproveitar ao máximo o dia. E, bom, à noite, quando dormem, as pessoas vagam em seus sonhos de um novo dia de Sol. Portanto, não vejo como você - pobre Lua que ninguém pede para ficar brilhando no céu e nem ficar sonhando com você - pode ser mais feliz que eu!
Nesse instante, uma pequenina e brilhante estrela que sempre estava ao lado da Lua, percebendo a exibição e nitidez do Sol e a tristeza da Lua ao ouvir suas palavras, diz calmamente ao Sol:
- Sr. Sol, concordo que um dia ensolarado é perfeito para aproveitar a vida e é muito bom também, mas do fim do dia, as pessoas voltam para suas casas, cansadas de tanta coisa que fizeram durante o dia e tudo o que querem é descansar, não é?
- Sim. -respondeu atento o Sol.
- Pois então, a noite quando a Lua aparece e mostra sua beleza singela e fácil de se observar - sem nem ao menos as pessoas precisarem usar óculos de sol - é a hora mais relaxante, calma e satisfatória para as pessoas. É o momento em que elas pensam que o dia foi tenso e cansativo, e nada melhor que uma linda noite de luar para descansarem desse dia e poderem aproveitar descansadas o próximo dia. Logo, a noite de luar é apreciável e essencial para as pessoas também. Pense comigo, sr. Sol, sem a noite de descanso, quem aguentaria enfrentar um dia de sol?
O Sol, percebendo seu egoísmo e arrogância, desculpa-se:
-Oh, Lua, me desculpe. Agora percebi como você é importante tanto para o mundo quanto para mim. Obrigado por fazer os meus dias valerem a pena e serem valorizados!
Assim, o Sol aprendeu que ninguém é totalmente independente, dependemos uns dos outros para sermos completos e conquistarmos os nossos ideais. Somo, portanto, a síntese da humanidade.
Autora desta fábula: Luma Carolina Câmara Gradim (minha marida que divide ap)
Um comentário:
Muito chique Fabiana!
Cada um tem sua importancia...
brigado por essa fabula!
bjokas
Postar um comentário
Sente-se, relaxe.