10 de novembro de 2009

Confia o mínimo no amanhã


Metade de mim já consome o que é seu.
Pare e pense, é bem rápido, eu juro: você vive enquanto está vivo?

Sério, por mais redundante que pareça, a pergunta é digna de reflexão.

Principalmente nós, jovens modernos, passamos a realizar nossas atividades, seja ela qual for, pensando apenas no futuro. Para que você está cursando o pré-vestibular? Em que momento você deseja aproveitar a caminhada até o cursinho, ver o sol queimar s0bre sua pele clara ou camiseta preta indesejável, passar no supermercado e não querer comprar nada, ver a flor cor-de-rosa caída no chão, cumprimentar a senhorinha que sempre lhe abre um sorriso logo às 6h50, interrogar por que aquela casa não tem mais gente, admirar-se pelo Fusca branco da esquina não estar nessa manhã estacionado...?
Sim, isso é algo em que ninguém pensa em fazer, ainda mais quando temos na ponta da língua a frase mais indelicada "Eu não tenho tempo para essas coisas".
Puxa vida! Quantos de nós já não dissemos essa idiotice? Na verdade, o tempo que "não nos cabe" somos nós mesmos quem driblamos. Ele existe, pode ter certeza, mas nós o suprimimos em ações que levam teeeempo de sobra.

Voltando à questão do vestibular, preciso reforçar que ele é um exemplo perfeito para essa postagem de hoje. Ou seja, você, estudante, farto da escola, farto das apostilas, dos trabalhos, das tarefas, dos professores, das dúvidas, só encontra-se numa sala de cursinho com o objetivo de ingressar em uma universidade. É isso! A sua aprovação da lista de matrícula do final do ano é o que te impulsiona. (...)

Triste. Triste. Muito triste. Não devemos ser curiosos para o que nos satisfaz em pouca quantidade. Precisamos dedicar nossa vida aqui, agora, hoje!
Contudo, minha viagem por uma sala de cursinho foi curta, bem curta, que por sinal trouxe-me experiências únicas de como saber fazer o presente. No início de 2009 eu era uma mera garota preocupada somente com o que seria da minha vida no mês de dezembro desse mesmo ano.
Foi aí que assisti uma das espetaculares aulas de Redação/Literatura com exemplos fortíssimos do tal aproveitar o dia, saca? Desse momento, eu parei! Parei mesmo, pois sabia que nada era mais importante do que minha vida, meus dias, meus minutos.


Faço disso tudo um apelo a você, pois isso não acontece unicamente com o sonho universitário. É diária essa minha percepção, como exemplo os trabalhadores com coisas demais a fazer rezam pelo próximo feriado, sabendo que de um jeito ou de outro ele vai chegar. Como as donas de casa no planejamento das férias, do Carnaval, na profissão do filho que ainda tem nove anos de idade. Assim como a família ideal, que após uma futura mulher e/ou homem perfeito, casam-se, têm filhos e profissões dignas.

E, por que pensar intensamente nisso tudo, se não vemos o dia acontecer? Claro que um planejamento básico a qualquer ser humando não causa danos e é até uma forma de nos organizarmos, porém, tenho visto exageradamente o planejamento de vida como única tarefa!

Decepcionante.
Portanto, se concorda com o que acabou de ler, não deixe a vida passar para chegar ao final dela e afirmar que ela é curta, certo?!


Um bom DIA a todos!
Maravilhosos minutos com seu animal de estimação.
Dedicado tempo com seu jardim e com seus vitrôs sujos.
Preciosos suspiros por aquele cheirinho de terra molhada
E, principalmente, exclusivos sorrisos a quem ver na rua.

Um comentário:

Débora Andrade disse...

Sempre você;
Me fazendo pensar e repensar,
me fazendo na minha vida
e no amanhã acreditar.
Sempre você;
Me fazendo perceber reais valores,
me fazendo enxergar ao meu redor
novas cores.
Sempre você;
Me fazendo dar um sorriso espontâneo
ou uma risada extravagante.
Me fazendo perceber que eu tenho que VIVER cada pequeno instante.
Sempre você, amiga.

Postar um comentário

Sente-se, relaxe.